sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Palavras

A edição de 10/01/1998 do jornal Expresso, a comemorar 25 Anos nesse ano, incluía uma lista de palavras que tinham entrado na nossa vida nesse período:

Acção humanitária – Operação através da qual se enviam tropas de forma a ajudar determinado país a ultrapassar uma crise, ainda que esse país não queira. Há anos chamava-se ataque imperialista, manobra de soberania ou outra denominação qualquer mais apropriada.

Airbag – Uma das inúmeras medidas de segurança na condução, que tem feito baixar o número de mortos nas estradas de todo o mundo, à excepção de Portugal.

Ambientalistas – Militantes de organizações que defendem o ambiente, criadas a partir do momento em que se percebeu que o Mundo em geral estava a ficar com mau ambiente, não no sentido figurado tradicional mas no sentido literal.

Antitabagista – Fanático contra os cigarros. Normalmente fumou durante 20 anos e, num momento qualquer da sua vida, teve a fantástica revelação de que isso lhe estava a fazer mal.

Arrumadores – Especialistas que nos indicam um lugar para estacionar que nós já tínhamos visto, em troca de não nos ameaçarem o carro no caso de lhes darmos 100 escudos.

Asa-delta – Espécie de planador em que a carlinga é formada pelo corpo do corajoso que veste as asas.

Bebé-proveta – Nascituro proveniente de uma complexa reacção química milenarmente realizada no útero, mas que o avanço da Ciência permitiu realizar num tubo de ensaio ou proveta. O resultado é rigorosamente igual.

Biodegradável – Lixo não poluente, que se distingue do poluente por dizer isso mesmo na embalagem. Até à invenção do plástico tudo era biodegradável, mas só quando se inventou o que não o era é que houve necessidade de inventar uma palavra para caracterizar o que era.

Bodyboard – Desporto que consiste em vir sobre as ondas até à praia deitado numa pequena prancha. O mais extraordinário, no entanto, é que, ao contrário do que é comum, gasta-se muito mais tempo a ir para lá do que a vir para cá.

Bodybuilding – A arte de pôr músculos onde não faziam falta nenhuma.

Branqueamento – Acção através da qual o carácter ou o dinheiro de uma pessoa deixam de ser suspeitos para passarem a ser socialmente considerados. Apesar de a coisa ser antiga, deixou de ser feita por grupos de «gansgters» e/ou por rapaziada dos jornais, para ficar a cargo de grupos empresariais com sede em «off-shores» e agências de imagem.

BTT – Abreviatura de bicicleta todo-o-terreno. Sendo a bicicleta o único veículo em que a besta puxa sentada, esta é bastante mais complexa do que as vulgares, embora não tenha resolvido totalmente a maçada de se ter de puxar por ela.

Bug – Em inglês é um insecto, mas em português significa um erro de programação em computador. Aquele que devemos culpar quando se diz que a culpa é dos computadores (v.g. impostos, extractos bancários,contas de telefone, etc.).

Caturreira – Expressão oca usada por cabeças similares.

Cavaquismo – Período da nossa história correspondente aos 10 anos de governo de Cavaco Silva, do qual não estamos suficientemente distanciados para dizer o que foi.

CD – Quer dizer disco compacto, mas, como as novas siglas são em inglês, lêem-se ao contrário. Veio substituir os velhos discos de vinil, com a vantagem de não se riscarem e de a qualidade de som ser muito melhor. Claro que isso trouxe engulhos a certos cantores de quem se julgava que o problema era o disco e não a voz, mas não há bela sem senão.

CD-i – Um disco compacto, mas interactivo, e daí o i. A interactividade não chegou, no entanto, ao ponto de conseguirmos educar os cantores pimba a não dizerem tantos palavrões. Lá chegaremos, com a ajuda da tecnologia...

CD-ROM – Ainda um disco... adivinhem: nem mais, compacto! Mas este faz tudo o que os outros fazem e mais alguma coisa, além de ser lido por um PC multimédia, que mais à frente verão o que é, que a gente não pode já dizer tudo!

Check up – Série de exames médicos que devem ser regularmente feitos. Não confundir com Ketchup, o célebre molho de tomate. Estas duas palavras apenas têm em comum o facto de raramente serem ditas em português.

Ciberespaço – O único espaço que não ocupa lugar, sendo, pois, como o saber. Universo virtual que fica algures no meio de uma rede de comunicação entre computadores. No futuro, será usado como actualmente se utiliza a palavra espaço, e nas discussões de casal dir-se-á: «Tens de compreender que não podes estar sempre a utilizar o computador. Eu preciso do meu próprio ciberespaço.»

Clone – Fotocópia genética. Um filho de si próprio. A negação da palavra mãe e pai (e, aqui entre nós, isto deve ser mesmo o princípio do fim disto tudo, quer dizer, o fim do mundo).

Competitividade – Característica que as empresas e marcas descobriram que deveriam ter, mesmo quando já a tinham, e que consiste em dar a ideia de que são melhores do que as outras. Nada que a Pasta Medicinal Couto não fizesse, embora com outro nome, quando punha o artista português (para os novos que não se lembram, era um africano) a rodopiar com uma cadeira entre os dentes. As outras pastas de dentes, por falta de competitividade, nunca arranjaram artista semelhante.

Computador pessoal – O mesmo que PC, só que, dito em português, ficaria com as iniciais CP, e, portanto, demasiado semelhante aos caminhos-de-ferro, cuja rede, mesmo assim, é mais utilizada que a do Partido Comunista (PC).

Consultoria – Acção através da qual um grupo de pessoas (consultores) analisa uma empresa e propõe soluções para os problemas que, se não existissem, seria o fim das consultorias.

Crack – Droga sintética, melhor e mais potente, uma vez que é muito mais mortífera.

Curtir – Gozar. Palavra que veio juntamente com a primeira telenovela e por aqui ficou, embora não viesse mal nenhum ao mundo se voltasse lá para donde veio.


Dealer – Na origem, um comerciante inglês ou americano. Em português, fornecedor de droga, apesar de estes, no nosso país e em geral, não serem nem americanos nem ingleses.

Descartável – Palavra que, por incrível que pareça, não tem origem nas teorias de Descartes, mas que significa apenas que é de usar e deitar fora (embora nem tudo o que seja de usar e deitar fora seja considerado descartável, de que são exemplo a pastilha elástica e o preservativo). Já se for uma lâmina de barbear, umas fraldas ou uns talheres de plástico, a palavra utiliza-se. Enfim, não parece haver grande critério nisto, mas a culpa não é nossa.

Deslocalização – Algo que os «ratinhos», os célebres trabalhadores da Beira Alta que nos anos 50 iam trabalhar para o Alentejo, não sabiam que existia, caso contrário teriam pedido aumento. Ou então, que os campos alentejanos se deslocalizassem para a Beira, uma vez que a mão-de-obra era ali mais barata.

Desportos radicais – Conjunto de novos desportos que os mais novos fazem por gosto de aventura e os mais velhos por gosto de parecerem mais novos. Distinguem-se dos desportos «tout-court» por não serem moderados, como o rugby, o boxe ou a maratona.

Digital – Que funciona na base de dígitos, ou seja, tudo à base dos zeros e uns. Depois queixam-se de que os miúdos sabem cada vez menos matemática...

Disquete – Pequeno disco que se mete num PC para fazer correr os programas nele inseridos. Só mesmo quem já teve esta experiência única pode perceber o que aqui está escrito.

Downsizing – A única cura de emagrecimento na qual quem come menos são os outros. Uma forma curiosa, bizarra e estrangeirada de dizer que vai haver despedimentos porque a empresa tem de ser mais pequena para que possa manter a sua competitividade.

Eanismo – Período da nossa história correspondente aos 10 anos de presidência do general Eanes, e do qual estamos suficientemente distanciados para dizer que foi muito pior do que o general Eanes pensa, mas muito melhor do que os seus adversários julgam.

Ecstasy – Uma droga qualquer que, por nunca a termos experimentado, não podemos descrever.
Ecu – Plebeísmo de Euro.

E-Mail – Correio electrónico. Algo que, dispensando o carteiro, tornou, em contrapartida, o endereço muito mais complicado.

Entrosado – Do Léxico de Gabriel Alves. Diz-se quando uma equipa acerta os passes.

Euro – Uma moeda que, por haver poucas ou ser mesmo única, faz com que os aumentos de ordenados tenham de ser sempre muito baixos ou nulos.

Eurocrata – Um burocrata europeu, embora, por analogia, um burocrata nacional devesse ser um naciocrata; portucrata, se fosse português; italocrata, se fosse italiano; grecocrata, se fosse grego; anglocrata, se fosse britânico; e plutocrata, se fosse de Plutão.

Europeísta – Adepto da União Europeia, salvo se for funcionário em Bruxelas. Nesse caso é eurocrata.

Fast-food – Comida rápida da classe das rações militares etíopes.

Fax – Aparelho que surpreendentemente tira fotocópias a milhares de quilómetros de distância (por exemplo, de Macau para Lisboa) e que, apesar de tudo, já está desactualizado. Se fosse agora, o caso Melancia seria o «Caso do E-mail de Macau».

Forcing – Uma insistência moderna.

Fractais – Ah, bom! Se conseguíssemos explicar o que era isto, o ensino em Portugal estaria muito melhor. Mas tem que ver com a geometria, a teoria do caos e os novos desenvolvimentos da física. Nada de que precise saber, a menos que trabalhe no ramo. Mas, caso trabalhe no ramo e não saiba, o nosso conselho é que mude de emprego.

Gay – Ainda bem que a palavra apareceu, porque nunca há a certeza de quantos ss tem homossexual.

Glasnost – Transparência em russo. Palavra utilizada por Gorbachov para iludir a questão essencial: a de que há coisas que é preferível não ver.

Globalização – Passe de mágica através do qual uma camisa feita por uma criança ranhosa e infeliz do Bangladesh passa a ser um objecto de moda e de culto na civilização ocidental.

Gonçalvismo – Período da nossa história correspondente aos cerca de 23 minutos que demorou o discurso do ex-primeiro-ministro Vasco Gonçalves em Almada.

Hacker – Virtualmente, um pirata. Realmente, um pirata.

Hipermercado – Local onde o povo vai às compras e o engº. Belmiro às vendas.

Home page – Uma página no ciberespaço que tem como vantagem não ter de se amarrotar antes de se deitar fora.

Hooliganismo – Bando de fanáticos de bebidas alcoólicas, vulgo cerveja, que insiste em ir ao futebol.

Hardware – O problema que tem o nosso computador quando o técnico que chamamos só sabe de software.

Hit – O número de toques que levamos na nossa home-page (honni soit qui mal y pense).

Implementação – A fase em que estão as leis que nunca foram aplicadas.

Instrumentalização – A face contemporânea do caciquismo.

Interface – Ainda não havia EXPRESSO e já no metro de Entrecampos havia correspondência com os eléctricos para o Lumiar. Só que nessa altura, incompreensivelmente, ninguém lhe chamava isto.

Internet – Uma forma de navegar ou surfar em que o único risco é ficar afogado em contas de telefone.

Jacuzzi – A banheira das supertias. Não confundir com o J'Accuse de Zola.

Karaoke – Instrumento de tortura utilizado em bares para chamar clientes ou em casas particulares para afastar amigos.


Lambada – Dança contorcionista que corre o risco de acabar mal.

Link – Uma ligação real entre dois locais que só virtualmente existem.

Media – Tempo do verbo medir, ou o que é que pensavam? Claro que também pode significar comunicação social, mas nesse caso fica abaixo da média.

Mediático – Um tipo que tem como virtude ser amigo de uma série de jornalistas.

Mercado Único – Processo através do qual comemos a fruta espanhola e deitamos fora a nossa.

Microndas – Por incrível que pareça, é assim que se escreve o nome do electrodoméstico onde se aquece o leite e a sopa.

Modem – Pequeno aparelho cuja posse distingue os inforricos dos infopobres.

MTV – Canal de TV internacional que se dedica a concorrer com a rádio.

Multiculturalismo – A explicação que tínhamos para esta palavra não foi publicada por ser politicamente incorrecta.

Multimédia – Aparelho muito em voga na classe média-alta, e que substitui as idas às bibliotecas, aos museus e às montras de Amesterdão.

Narcotráfico – Negócio altamente rentável, apesar de matar os clientes.

OPA – Habilidade bolsista.

OPV – Outra habilidade bolsista.

Outsorcing – Forma encontrada pelas empresas modernas para não terem de contratar pessoal menor.

Overdose – Resultado trágico para quem deu dinheiro de mais a ganhar ao traficante.

Ozono – A camada mais célebre da Terra, que contém o buraco mais ameaçador do mundo.

PALOP – Conjunto de países africanos que falam a nossa língua mas raramente nos ouvem.

Parabólica – Uma antena que convém vender quando se adere à TV-Cabo.

Parapente – Um pára-quedas de luxo, menos rápido mas com direcção assistida, airbag e ar condicionado.

Parquímetro – Um curioso aparelho que não nos permite ficar descansados quando, por acaso, arrumamos o carro num local onde é permitido estacionar.

Passe social – Um pequeno cartão que permite o acesso de qualquer um aos apertos, maus cheiros e pisadelas dos transportes públicos.

PC(1) – Abreviatura de Partido Comunista. Mas não é politicamente correcto chamar PC a um comunista.

PC(2) – Abreviatura de politicamente correcto. Uma forma (ou formo) de expressão peculiar que faz com que os (as) discursos (discursas) comecem sempre por «portugueses e portuguesas».

PC(3) – Abreviatura de computador pessoal em inglês e único PC que verdadeiramente sobreviveu aos novos tempos. Assim se vê a força do BG (Bill Gates).

Perestroika – Em russo significa reestruturação. Nas outras línguas quer dizer o fim do regime comunista.

Pimba – Uma forma de arte popular de mau-gosto que, infelizmente, apesar de gente culta como nós a detestar, não nos sai da cabeça.

Pins – Uns alfinetes ridículos que se usam na lapela. Exclui-se desta classificação os que têm emblemas de partidos, de clubes desportivos, do Lions, do Rotary, ou aqueles que são resultado da imposição de uma comenda por Sexa o Presidente da República.

Pivot – Tanto se diz de um dente postiço como de um apresentador de televisão. No geral, ambos nos provocam alguma incomodidade e nos fazem abrir a boca.

PP – Partido político que, tendo substituído o CDS, se mantém no entanto fiel à tradição iniciada por aquele de perder eleições.

PRD – Agremiação política que nasceu para provar que os partidos que tínhamos já chegavam e até nem eram maus.

PREC – Confusão gerada pelo GRANEL dos capitães de Abril. GRANEL é, por sua vez, a abreviatura de Grande Revolução Antifascista Nacional E Libertadora.

Pressing – Palavra apenas utilizada por quem raciocina à pressing.

Printar – Acto teimoso e antiquado que insiste em contrariar as teorias segundo as quais os computadores acabavam com o papel.

PS – Curiosa agremiação política que tem por objectivo dificultar a acção dos seus membros, sempre que estes chegam ao governo.

PSD – Parente próximo do PS (só tem mais um D) que, ao contrário daquele, facilita imenso a vida aos membros do PS que estão no governo.

Rave – Os cavalos também se abatem.

Realidade virtual – Paradoxo inexplicável que nos permite percorrer locais que não existem. Embora quem vá à Pedreira dos Húngaros possa ter a mesma sensação.

Reciclagem – Moderna alquimia que transforma papel de qualidade em folhas de rascunho mais caras.

Reforma agrária – O sonho de uma noite de Verão quente.

Regionalização – Divisão administrativa do País que visa retirar poder a Lisboa para o entregar a não se sabe quem.

Resíduo sólido – Curioso eufemismo moderno que substitui, sem vantagem fonética nem economia de fala, a antiga, sólida e actualmente residual palavra lixo.

Retornado – Cidadão que esteve alguns anos em África e alguns meses no Rossio a lamentar o facto de ter sido obrigado a vir para o Continente.

Sida – A grande aliada da fidelidade conjugal.

Sinergia – Habilidade através da qual um empregado trabalha para várias empresas, apesar de receber salário de uma só delas.

Sintagma – Talvez a única palavra que nos faz ter saudades do tempo em que estudávamos os sujeitos e predicados.

Site – Um sítio que não existe mas aonde toda a gente vai.

Soarismo – Período da nossa história correspondente aos 10 anos de Mário Soares como Presidente da República, aos 15 como líder partidário e aos mais de 70 como homem político, e do qual nunca estaremos suficientemente distanciados para fazer uma análise racional.

Software – O problema que o seu computador tem sempre que não funciona.

Speed – Velocidade ligeiramente inferior à da luz, que marca a diferença entre o speedado e o stressado. Também se diz do estado excepcional em que uma pessoa normal se encontra ao fim de quatro whiskies.

Stress – Excesso de speed... ou de sinergias.

Surf – Uma espécie de bodyboard mais digno, já que o atleta se apresenta na rebentação em pé.

Talk-show – Um programa de televisão no qual o apresentador fala, o público em estúdio bate palmas frenéticas e a família em casa comenta o vestido ou o penteado da assistente.

Telecomando – Um curioso aparelho que nos permite verificar, através do premir de um simples botão, que os programas de televisão são todos iguais.

Telelixo – Excipiente produzido por um canal de TV, normalmente reciclável, mas raramente biodegradável.

Telemóvel – Pequeno aparelho que substitui o telefone e que tem a ousadia de tocar sempre que não deve.

Telenovela – Um drama normalmente com muitos capítulos, quase sempre com alguma intriga e geralmente com pouca inteligência.

Todo-o-terreno – Uma forma elegante de dizer jeep.

Top-less – Uma curiosa forma de demonstrar na praia que, de facto, não há igualdade entre os sexos.

Top-model – Uma rapariga que fica optimamente em top-less.

Totoloto – Um jogo de sociedade fácil, barato e que dá milhões a tipos que não precisam ou que não sabem o que hão-de fazer ao dinheiro.

Tudo bem? – Forma de começar uma conversa para quem não tem nada a dizer. Substituiu com vantagem e economia de palavras a expressão «Ora então muito bons dias».

UCP – Um latifúndio gerido por apoiantes da reforma agrária, destinado à plantação e colheita intensa de uma determinada cultura política liquidada pelos ventos do tempo.

Vaca louca – Designação geral de um animal atacado por uma doença fatal mas impronunciável – encefalopatia espongiforme bovina –, cuja transmissão ao ser humano, não sendo certa, é bastante provável; designação de um escândalo político de encobrimento da mesma doença, o qual, sendo já certo, é bastante reprovável.

Verdes – Denominação de um curioso partido político que tem por hábito (e patriotismo) aliar-se aos vermelhos.

Videocassete – Um pequeno artefacto que nos permite arquivar filmes que nunca teremos tempo para ver.

Videoconferência – Uma forma de o auditório poder adormecer sem o conferencista dar por isso.

Virose – Designação geral de uma doença que o médico não consegue diagnosticar.

Vírus electrónico – Uma epidemia que atinge os computadores e dá um certo jeito para desculpar atrasos ou erros nos trabalhos.

Walkman – Onanismo musical.

Windsurf – Espécie de surf preguiçoso, no qual o atleta não precisa de ir buscar a onda, mas em contrapartida fica à mercê do vento.

Workaholic – Um vício para o qual o Estado ainda não montou centros de desintoxicação.

Workshop – Uma reunião entre especialistas do mesmo ofício ou especialidade, destinada a aprofundar a raiva que uns têm aos outros.


Zapping – Acto pelo qual ficamos a saber que o melhor é desligar a TV.

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