José Velhinho Amarelinho (PS), candidato à câmara de Aljezur, e José da Avó (PSD), a votos em Benavente, são exemplos de candidatos às autárquicas cuja originalidade do nome marca de antemão a diferença em relação aos concorrentes.
Um pouco por todo o país, são vários os exemplos de candidatos com peculiaridades no nome, fenómeno comum a todos os partidos e que, inclusive, é também visível em candidaturas independentes.
Bengalinha Pinto (PS), em Viana do Alentejo, tentará destronar a maioria absoluta da CDU no concelho e sem bengalas. Por seu turno, ainda no distrito de Évora, Manuel Condenado (CDU), tentará condenar os adversários à derrota pela quarta e última vez em Vila Viçosa.
Em Moura, no distrito de Beja, José Maria Pós-de-Mina (CDU), procura também o quarto mandato junto dos 14 mil eleitores do concelho. Ainda no distrito alentejano, João Penetra (CDU), tentará "penetrar" no eleitorado de Alvito, que em 2005 deu vitória a um movimento independente.
Em conjunto com frases de campanha e cartazes em todo o país, os nomes mais curiosos de muitos candidatos prendem a atenção dos eleitores em Verão pré-eleições.
No distrito de Setúbal, Joaquim Café Granito (PSD) procura, em Alcácer do Sal, aumentar os votos nos "laranjas", que em 2005 recolheram 9,9 por cento da preferência do eleitorado no concelho. Não muito longe, em Sesimbra, é Augusto Pólvora (CDU) quem tentará fazer explodir os votos para tentar derrotar os candidatos do PS e PSD e repetir a vitória de 2005.
Joaquim Raposo (PS), actual presidente da autarquia da Amadora, que se recandidata este ano pela última vez ao cargo, encabeça uma série de candidatos com apelidos do reino animal, casos de José Manuel Aranha Figueiredo (CDU), cabeça-de-lista em Almeirim, ou António Patinho Pereira (PS), que vai a votos em Serpa.
Manuel Maria Leitão (PS), em Arraiolos, João Grilo, do movimento independente MUDA, no Alandroal, Pedro Pardal (BE), em São João da Madeira, Honorato Robalo (CDU), na Guarda, Filipe Camelo (PS), em Seia, e Irene Barata (PSD), em Vila de Rei, são outros exemplos.
Os nomes originais dos candidatos autárquicos são mais vincados nos desconhecidos do grande público, mas são também alguns os políticos de longo historial com nomes pouco comuns, casos de Fernando Ruas (PSD), autarca de Viseu (cidade das rotundas) e líder da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) ou Rui Rio (PSD), presidente da Câmara Municipal do Porto (cidade do Douro).
Em Mafra, o presidente José Ministro dos Santos (PSD) recandidata-se ao último mandato, por força da lei da limitação de mandatos e talvez um dia ocupe um lugar num governo...
Se Santana Lopes (PSD), em Lisboa, é um nome por demais conhecido do eleitorado português e tentará conquistar a capital a António Costa, já Santinha Lopes (PS), em Mourão, presidente da autarquia, procura em 2009 novo triunfo no concelho alentejano, o que tem menos eleitores do distrito de Évora.
As eleições autárquicas decorrem a 11 de Outubro, sendo eleitos no sufrágio 308 presidentes de câmaras municipais, 308 presidentes de assembleias municipais e 4.260 presidentes de juntas de freguesia.
(Agência Lusa) 19/04/2007
Sem comentários:
Enviar um comentário