1. Género
Há nomes próprios masculinos e nomes próprios femininos. Tal como nos nomes comuns de seres humanos, nos nomes próprios o género coincide com o sexo da pessoa. (Embora haja mulheres em cujo nome figure um nome de homem — Maria José; Maria João — e vice-versa — José Maria, Manuel Maria.)
Há nomes que variam em género tal como os nomes próprios (Cláudio, Cláudia; António, Antónia; Francisco, Francisca) e há outros que não (Anabela, *Anobelo; Mafalda, *Mafaldo). Ainda há aqueles que parecem ter correspondência de género, mas que afinal não têm: Fabiana não é o feminino de Fábio, nem Maria, o feminino de Mário...
2. Número
Pela própria natureza da referência que encerram, os nomes próprios não têm número: Rubens não é o plural de Rúben, por exemplo. No entanto, a flexão em número pode ocorrer quando:
(i) um nome próprio gera um nome comum:
Nobel — nobel/nobéis
(ii) há antonomásia:
«Andam para aí certos romeus e julietas...»
«Aqueles cíceros do Parlamento...»
(iii) há quantificação sobre pessoas do mesmo nome:
«Lá vão as três Marias...»
(iv) há necessidade comunicativa específica de pluralização incidente sobre o próprio o nome:
«Agora estão outra vez na moda as Marias» (= voltou a dar-se o nome de Maria a muitas crianças).
Ana Martins :: 11/02/2009
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=25589
Sem comentários:
Enviar um comentário