GRANDE ASNEIRA ERA UM MOINHO MOVIDO A ÁGUA
O nome de uma aldeia, de um qualquer lugar, pode nascer de uma situação o mais inverosímíl que se possa imaginar.
Moinho da Asneira é uma delas. Local com este nome há muitos anos, situa-se na volta do Mira, a uma milha da foz do rio, quando este ruma para sul a caminho de Odemira.
Ali se encontrava até há poucos anos o que deu origem ao seu nome. Nem mais nem menos que um moinho de maré. Por sinal o único que se conhece em toda a costa alentejana. Como se sabe, os moinhos de maré agem por força da água, sobre um roda de pás de eixo vertical que fazem mover as mós. Quando começou a construção, muita gente veio ver o engenho e começaram as dúvidas. «Que aquilo assim não funcionava, que era um moinho de asneira.» E assim ficou.
Outros dizem que o nome vem de ali se reunirem muitos asnos, que levavam o grão para moer.
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Reportagem "Corografia Insólita", da autoria de Humberto Vasconcelos, publicada no Diário de Notícias de 01/12/1996
(A totalidades dos artigos dessa reportagem estão publicadas neste blog em 5 mensagens de Março de 2011)
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